O que previne

Infecção causada pelos quatro sorotipos de dengue: DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. A eficácia na prevenção da doença é de 65,5%; na prevenção de dengue grave e hemorrágica é de 93% e de internação é de mais de 80%.

Do que é feita

Trata-se de vacina atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus dengue, obtidos separadamente por tecnologia de DNA recombinante. Contém ainda aminoácidos essenciais (incluindo fenilalanina), aminoácidos não essenciais, cloridrato de arginina, sacarose, trealose di-hidratada, sorbitol, trometamol e ureia. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injeções. Não contém adjuvantes e conservantes.

Indicação

A vacina está licenciada para crianças a partir de 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos.

Contraindicação

  • Pessoas imunodeprimidas.
  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina.
  • Gestantes.
  • Mulheres amamentando.

Esquema de doses

Três doses com intervalo de seis meses.

Local de aplicação

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação

  • A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.
  • Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda moderada a grave.
  • A vacinação de pessoas portadoras do vírus HIV deve ser avaliada por médico, que pode prescrevê-la se não houver comprometimento do sistema imunológico.
  • Em pacientes que receberam tratamento com doses elevadas de corticosteroides sistêmicos por duas semanas ou mais, é preciso adiar a vacinação até a função imunológica estar restaurada (no mínimo quatro semanas após a interrupção do tratamento).
  • As mulheres em idade fértil devem evitar engravidar por quatro semanas após vacinação.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações adversas mais frequentemente relatadas foram: dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia.
  • As reações foram geralmente de gravidade leve a moderada e de curta duração (até três dias). O início foi tipicamente observado em até três dias após a vacinação, com exceção da febre, que surge dentro de 14 dias após a aplicação da vacina.
  • As reações adversas sistêmicas tendem a ser menos frequentes após a segunda e a terceira doses.

Resultados da prevenção no Brasil e no mundo:

  • Em ≥ 10% dos vacinados: cefaleia, mialgia, dor no local da injeção, mal-estar, sensação de fraqueza e febre.
  • Entre 1% e 10% dos vacinados: vermelhidão na pele, hematoma, inchaço e coceira no local da injeção.
  • Em menos de 1% dos vacinados: surgimento de gânglios (linfoadenopatia), tontura, enxaqueca, náuseas, erupção cutânea, urticária, dor articular, endurecimento no local da injeção, sintomas gripais.
  • OBS: a febre foi menos frequente nos indivíduos com mais de 18 anos de idade. Hematoma e coceira no local da injeção foram menos frequente indivíduos dos 9 aos 17 anos de idade.

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)